Usando dados para revelar um tesouro escondido de grande valor
Segundo o relatório recém-lançado da Seagate Rethink Data, “Os dados são um tesouro escondido de grande valor”. Todos os dados digitais coletados do mundo — a esfera de dados — contém um compêndio de dados em constante expansão que é altamente valioso para o esforço humano. Como indicado no relatório, isso inclui “informações urgentes e cruciais para a vida, histórias de conhecimento, instruções operacionais, processos de fabricação, crônicas de emoção” e muito mais.
O problema, é claro, é como desbloquear esse valor.
A taxa na qual o volume de dados está expandindo faz com que desbloquear seu valor seja uma empreitada complexa para especialistas em TI e empresas. Em termos simples: para derivar valor dos dados, você deve primeiro colocar esses dados em uso. No entanto, isso requer mais do que apenas capturar e armazenar dados, requer uma habilidade para classificar, organizar e analisar os dados para determinar como seu valor comercial pode ser descoberto.
Não é que as empresas não estejam tentando usar as informações que têm, elas não estão é capturando todos os dados valiosos que estão disponíveis para elas. E as informações que são coletadas geralmente são classificadas, catalogadas e analisadas inadequadamente, o que as torna inutilizáveis.
“Estamos vivendo na economia do conhecimento e as organizações ainda estão tentando descobrir como desbloquear ativos subutilizados", disse Stefaan G. Verhulst, professor e chefe do GovLab na Escola de Engenharia da NYU, em um recente artigo da HBR. “É amplamente aceito que vastas quantidades de informações geradas pelas empresas representem um tremendo repositório de valor em potencial. Mas as organizações, e nós como sociedade, sabemos como desbloquear esse valor?"
O relatório da Seagate Rethink Data confirma que, atualmente, os dados são altamente subutilizados. As empresas coletam somente 56% dos dados disponíveis em suas operações, e apenas 57% desses dados são colocados em uso.
O resultado final é que, em média, 68% dos dados disponíveis para as empresas nunca são aproveitados.
Além disso, somente um quarto de todas as organizações têm processos em prática para quantificar o valor das informações que coletam. Desbloquear o valor é quase impossível sem saber quão potencialmente valiosos os dados são. Executivos na maioria dos setores, de saúde a transporte, não veem suas empresas como líderes na capacidade de aproveitar informações.
Entretanto, estimativas e intuição sugerem que o valor dos dados não utilizados é astronômico. Considere um hospital, por exemplo, e a variedade de fontes e atividades que geram informações. Históricos de pacientes, informações de cobrança, exames de RM, raios-X e até consultas de telemedicina são apenas alguns exemplos de tipos de dados que poderiam fornecer um imenso valor. Estimativas por análises da International Data Corportation (IDC) no relatório Rethink Data indicam que um hospital comum poderia estar sentado sobre centenas de milhões de dólares de dados não minerados e subanalisados.
O desafio é montar o quebra-cabeças de uma maneira que faça as empresas perceberem o valor inerente das informações que elas já coletaram.
O primeiro passo em direção a desbloquear o valor é simplesmente capturar mais dados. As organizações precisam coletar as informações certas, armazená-las onde necessário e fornecê-las para tomadores de decisões de uma maneira que seja fácil de usar. Mas com o crescimento exponencial em fontes, dispositivos e a Internet das coisas (IoT), as infraestruturas de TI corporativas estão sobrecarregadas em termos de coleta e armazenamento.
É aí que o software de gerenciamento de dados pode ajudar. As soluções de ingestão de dados podem classificar informações no início do ciclo de vida dos dados, retê-los automaticamente durante seu período útil e movê-los para arquivos mortos de dados, quando necessário. Esse tipo de software de poda de dados está ajudando empresas a coletar mais sem sobrecarregar seus sistemas e armazenamento.
Uma vez capturadas, as informações passam por grandes data lakes, tornando-as facilmente acessíveis para os aplicativos de software. Os cientistas e curadores de dados podem, então, usar essas ferramentas de software para minerar, analisar e visualizar gráficos e tendências para tomadores de decisões. A criação dos chamados data lakes elimina os silos e facilita a capacidade de fazer conexões entre elementos que parecem não ter relação.
Ajudar as empresas a fazer novas conexões e insights cria uma importante vantagem competitiva.
Aprimoramentos na captura e processamento de dados na borda e inovações contínuas em armazenamento de dados são duas tendências que podem oferecer às empresas mais oportunidades para desbloquear um valor massivo.
“Os dispositivos de borda representam um desafio específico para a captura de dados”, como afirmado no relatório. “Geralmente, apenas os aplicativos de borda sabem quais dados devem ser capturados e processados, bem como quais dados são transientes e podem, então, ser ignorados.”
A captura na borda exige que a análise e tomada de decisões ocorra o mais próximo possível de onde os dados foram criados.
Aplicativos de gerenciamento de dados mais novos que usam inteligência artificial (IA) na borda estão surgindo para tornar a análise rápida na borda uma realidade. À medida que as empresas implementarem mecanismos melhores para captura de dados que não sobrecarreguem os sistemas de TI, podem começar a obter insights que geram crescimento.
Várias áreas de inovação em armazenamento também estão afetando o valor que as empresas podem derivar. Primeiro, a capacidade em massa do hardware de armazenamento está aumentando, o que dá aos aplicativos de IA acesso a volumes maiores de informações. Conforme o hardware de armazenamento fica mais poderoso e pode acomodar mais dados, soluções de IA mais sofisticadas podem ser suportadas. Avanços na capacidade de armazenamento estão ocorrendo em discos rígidos, SSDs e nos sistemas de armazenamento que definem a maior parte da infraestrutura de data center e nuvem.
A largura de banda também está melhorando, permitindo um movimento mais robusto de tráfego de informações entre funções de computação, rede e armazenamento. A largura de banda é a base dos aplicativos de análise, visto que ingerem informações. Para aprimorar a largura de banda, por exemplo, as organizações empregam arquiteturas compostas desagregadas para aplicativos de IA complexos.
A segurança aprimorada também está deixando a análise de grandes data lakes mais imune a violações e comprometimento. Segundo o relatório Rethink Data, houve um aumento no investimento em tecnologias que melhoram a segurança nos níveis do dispositivo e do sistema. As empresas devem confiar que os aplicativos de IA de grande escala, por exemplo, podem analisar informações com segurança.
Mas a inovação não substitui o gerenciamento e planejamento internos eficazes. Coletar as informações é a parte fácil; a inteligência é mais difícil. Para a coleta e organização inteligentes é necessário superar os desafios apresentados por ferramentas sobrepostas, complexidade de dados e integração. Se os objetivos de negócios não forem colocados no centro dos esforços de coleta de informações, isso resultará em dados acumulados que fornecem valor aquém ao esperado.
A pesquisa do relatório demonstra que em apenas dois anos, do início de 2020 até o início de 2022, as empresas apresentarão um aumento anual de 42,2% no volume de dados gerados. No entanto, hoje, mais de dois terços de todos os dados disponíveis para análise são perdidos, esquecidos ou simplesmente desaparecem.
A primeira etapa para as empresas é reconhecer quantas informações estão de fato faltando ou sendo subutilizadas. A chave para desbloquear o valor está nos avanços tecnológicos na coleta, armazenamento e análise. Ao visualizar essas ferramentas e data lakes sob a ótica dos objetivos corporativos principais, as empresas podem começar a revelar o tesouro escondido do valor dos dados.
Leia mais sobre como as empresas podem colocar mais dados de negócio para trabalhar no relatório Rethink Data da Seagate.